terça-feira, 5 de outubro de 2010

A Visão e o Vate


Já dizia o filósofo, sem cessar,
que para o puro tudo é puro.
E as Santas Escrituras do oriente o afirmam, sem negar,
que quando um Budha, um Iluminado olha para uma pedra,
ele vê o Budha que um dia esta se tornará,
quando deita seu olhar sereno sobre a relva
Contempla milhares de consciências realizadas,
A vicejar,
quando, o Desperto, lança seu olhar sobre um cão,
Percebe o Iluminado que certamente despertará.
Assim, ao observar o mais humilde dos homens
Visualiza, vê nele refletir seu próprio semblante.
Ao olhar desse modo tudo que o rodeia,
a natureza e os homens,
Aquele Que Tudo Vê acelera seus destinos.
Por isso em meu sono sem sonhos,
Ouço a natureza murmurar silenciosamente esta prece;
Que eu possa sempre servir,
Não aos Deuses, mas aos Budhas (**)
Pois os Céus não precisam de ajuda.
Ouve-me ó Desperto,
cuja pálpebra jamais se fecha
E olhe para mim.
Olhos de Budha que há em ti,
Vejam o Budha que dorme em mim.

O Arauto

(*)Vate – Vidente, Adivinho, (**)Budha – Iluminado, aquele que despertou o 6º Principio, ou Principio Intuitivo. Porém o termo é usado nesta passagem do poema, em relação à Natureza e aos Seres Humanos, a tudo aquilo onde pulsa latente o potencial de Iluminação.

Fonte www.sete.org.br

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